Decisão foi determinada na tarde desta terça-feira (03) pela 3ª Vara Criminal de SP

(Foto: Reprodução/ Instagram)

O humorista Leo Lins foi condenado a oito anos de prisão em regime fechado por falas preconceituosas proferidas durante apresentações de stand-up. A decisão foi informada na tarde desta terça-feira (03) pela 3ª Vara Criminal de São Paulo.

A condenação ocorreu após a análise de diversas denúncias e processos que alegavam que o comediante utilizava piadas e comentários depreciativos contra minorias, grupos vulneráveis e pessoas com deficiência. O Ministério Público e entidades de direitos humanos argumentaram que as falas do humorista extrapolavam os limites da liberdade de expressão, configurando incitação ao ódio e à discriminação.

Em sua defesa, Leo Lins e seus advogados sustentaram que as apresentações se enquadravam no gênero humorístico e que as piadas não tinham a intenção de ofender, mas sim de provocar o riso.

“Trata-se de um triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil, diante de uma condenação equiparada à censura”, disse a defesa do comediante. “[…] Ver um humorista condenado a sanções equivalentes às aplicadas a crimes como tráfico de drogas, corrupção ou homicídio, por supostas piadas contadas em palco, causa-nos profunda preocupação”, diz o comunicado da defesa.

No entanto, o entendimento da Justiça foi de que a disseminação de preconceito, mesmo sob o pretexto do humor, não pode ser tolerada e deve ser punida de acordo com a lei.

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