24/06/2025 15:54:00

Trilhas em vulcão que matou brasileira somam 180 acidentes em 5 anos, diz governo

Ana Souza / Redação RedeTV

Juliana Marins foi encontrada morta após cair de penhasco durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia

(Foto: Reprodução/Tripadvisor)

Juliana Marins, brasileira de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24) após cair em um vulcão localizado no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia. Ela participava de uma trilha no local no último sábado (21), quando se separou do grupo e caiu em uma encosta de aproximadamente 650 metros de altura, segundo informações da família.

A confirmação da morte foi feita por meio de um perfil nas redes sociais administrado por familiares. Juliana viajava pela Ásia e estava em uma das rotas mais procuradas por turistas no país.

De acordo com dados do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, oito mortes e 180 feridos foram registrados em trilhas da região nos últimos cinco anos. Os dados, divulgados em março de 2024, indicam um aumento significativo nos acidentes. Em 2023, foram registrados 35 casos. Já em 2024, até o momento, o número já chegou a 60. Destes, 44 envolvem turistas estrangeiros e 136, turistas locais.

As autoridades locais atribuem o crescimento dos incidentes ao aumento do número de visitantes desde o fim das restrições impostas pela pandemia. Em março, o governo indonésio divulgou um parecer recomendando a implementação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para operações de resgate e segurança no parque.

O Monte Rinjani possui 3.726 metros de altitude e é o segundo vulcão mais alto da Indonésia. A trilha até o cume pode durar até quatro dias, passando por trechos íngremes e sob condições climáticas instáveis. Entre os principais acidentes registrados estão quedas e torções. O relatório oficial também destaca que muitos dos casos estão ligados ao descumprimento de normas de segurança, como falta de preparo físico, uso inadequado de equipamentos e desrespeito às trilhas oficiais.

Outros casos semelhantes já foram registrados na região. Em 2022, Boaz Bar Anam, turista com cidadania portuguesa, caiu de uma altura de 150 metros ao tentar tirar uma selfie no cume do monte. Em junho de 2024, a suíça Melanie Bohner morreu após cair em um barranco durante uma trilha não oficial. O turista malaio Rennie, de 57 anos, morreu ao despencar de uma ravina de 80 metros na trilha de Torean, após se soltar de uma corda de segurança.

O governo indonésio informou que placas de alerta foram instaladas em áreas de risco e que equipes do parque prestam orientação aos visitantes sobre as rotas oficiais. O relatório do parque ressalta ainda que, embora o turismo traga benefícios econômicos à população local, também eleva os riscos ambientais e de segurança, exigindo medidas preventivas mais rigorosas.

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