Flávio Dino vota a favor de condenação de Zambelli
Tatiana Fernandes - Redação RedeTV!O ministro acompanhou integralmente o voto do relator do caso, o ministro Gilmar Mendes
(Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, votou neste domingo (23) pela condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.
O julgamento, realizado no plenário virtual do STF, já conta com 4 votos a favor da condenação de Zambelli.
Além de Dino, os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes acompanharam integralmente o voto do relator, Gilmar Mendes, que além da condenação de Zambelli, também votou pela cassação do seu mandato e pela revogação definitiva da autorização para porte de arma de fogo.
O caso envolve um incidente de outubro de 2022, quando Zambelli, estando armada, perseguiu um apoiador de Lula na véspera do segundo turno das eleições presidenciais.
A defesa de Zambelli nega as acusações, alegando equívocos nas premissas do julgamento, que deve continuar até sexta-feira (28), data limite para os demais ministros se manifestarem sobre o caso. Eles podem votar, pedir mais tempo ou enviar o caso ao plenário físico.
Mais denúncias
Carla Zambelli também é investigada por suspeita de ter atuado como mandante da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, e de ter solicitado um hackeamento a Walter Delgatti. Ela prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro do ano passado e negou que tenha participação no caso.
Em janeiro deste ano, Zambelli teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022. A condenação, no entanto, não tem efeito imediato e só ocorre depois que o caso é julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ação foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), que acusou Zambelli de utilizar recursos públicos e meios de comunicação para promover sua candidatura de forma indevida. O tribunal entendeu que a deputada divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022.
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