Governo Trump acusa Moraes de liderar "censura e perseguição" a Bolsonaro
Ana Souza / Redação RedeTV!Subsecretário Beattie disse que o ministro do STF é o “coração pulsante” das ações contra o ex-presidente
(Foto: Divulgação/Departamento dos Estados dos EUA)
O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Beattie, afirmou nesta quinta-feira (24) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seria o “coração pulsante” da suposta “perseguição” e “censura” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração foi feita por meio da rede social X (antigo Twitter) e, posteriormente, republicada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil: “O juiz Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, que por sua vez cerceou a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando medidas”, escreveu Beattie, que é subordinado ao secretário de Estado Marco Rubio, membro do Partido Republicano.
Moraes é alvo de críticas por decisões contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes é responsável por conduzir diversas investigações que envolvem Bolsonaro, seus filhos e aliados. O ex-presidente se tornou réu em uma ação penal no Supremo por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, deterioração de patrimônio tombado e dano contra a União.
Entre as medidas cautelares impostas por Moraes estão o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, especialmente em fins de semana e feriados, e a proibição de utilizar redes sociais ou ter falas veiculadas por terceiros.
Nesta semana, o ministro chegou a intimar a defesa do ex-presidente após a publicação de um vídeo em que Bolsonaro aparece exibindo a tornozeleira e se referindo a ela como “símbolo da máxima humilhação”. O vídeo foi publicado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e levou o STF a exigir explicações em 24 horas, sob pena de prisão preventiva.
Apesar do alerta, o ministro classificou o episódio como uma “irregularidade isolada” e decidiu não converter as medidas cautelares em prisão preventiva. No entanto, Moraes advertiu que um novo descumprimento resultará na prisão imediata de Jair Bolsonaro.
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